Meu amigo, meu amigo,
sinto-me longe.
Não sei de meu espírito,
não sei de minha criança.
Preciso ajuda amigo meu.
Travei na vida
e a vida precisa de velocidade.
Oh mas que pena
que estava tão bem...
O ano passado senti-me como ave de rapina
que dançava as dificuldades
com tanta arte
que só soluções surgiam.
Parei.
Estou a andar.
Sinto-me a andar
a uma velocidade não minha
mas de outra.
Ando nela,
não sei.
A máquina que inventei para ser Eu
não está oleada.
Precisa de carinho e atenção.
Essa que está nela agora,
na menina que dorme comigo.
Falta-me a dança dos astros,
a impossibilidade ao virar da esquina.
A provável vitória de quem não olha
a desgraça como tal.
Vim de sei lá onde
e vou para esse mesmo sitio.
Ou melhor, ia.
Agora estou parado.
Será que a Mulher existe para nos parar?
Não pode,
não é verdade.
A Mulher existe para nos continuar.
Falta-me a arte de entende-la
ou ela a mim.
Algo aqui não está certo.
Falta sabor e continuação.
Vivo a rotina e
o meu dia-a-dia é já ontem.
Enfim.
Algo a mudar amigo.
A vida é sempre mais do que o que se pensa e vive.
É tudo o mais e o nada
a cima de tudo:
Espaço e Tempo.
Sem comentários:
Enviar um comentário