De nada
obrigado a continuar
sendo vento que passou,
sentindo medo que furou
o tímpano da intuitiva certeza
que tudo é, foi e será
perfeito.
(Perfeito como?
Natural.)
Em memória viva do que fui
esqueço o presente
em concórdia com o hábito
de quem vive o quotidiano como normal.
Ora, na vida, coisa que deve haver
é espontaneidade,
absoluta abertura ao sobrenatural
da surpresa expandir os lábios e a mente
em tom de arte.
Mas que de mim não sei,
sei eu...
Uma comichão no céu da boca astral,
na maneira de sorrir e olhar para ti quando falas para mim.
Qualquer coisa.
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