domingo, 19 de julho de 2015

Por vezes não me creio vivo.
É qualquer coisa de sentir que estou sempre antes do além que presencio só por baixo do cabelo.
Meus sonhos e desejos correm alto quando cá em baixo, onde meus pés pisam, não me sinto em pleno.
...porque eu faço por me sentir em pleno a qualquer momento
- seja em vida real, seja em pensamento metafísico.
Mas, de vez em quando, a vida não me acontece.
E aí meu imediato impulso é mandar tudo pó caralho e fugir para as sombras e odores da solidão assombrosa de conseguir o paraíso ao renegar à vida - essa do corpo.
Um pouco como aquele filósofo dizia que o inferno são os outros...
Identifico-me um pouco com isso.
Mas identificando-me logo me desinteresso e o que quero asseguir é afinal o outro novamente.
Portanto, complicado ser alguém - complicado ser eu.
Ou não, deveras que não, sendo que todos nós temos estas merdas...
É o que se chama ter razão e saber tê-la sem lhe dar razão.
A escrita está meio longe agora.
O trabalho pesa-me a aura mística e a dinâmica mental.
Fundos económicos tento arrecadar.
(já arrecadei - creio - demais os outros...)

É isso: não estou no ponto.

Regras a cima do que se sente
e descobrir novamente
o que dentro do embrulho se esconde:
Surpresa.

Assim, deixai de ser velho ó corvo!
Voa as asas ao azul do céu
e deixa a manhã descobrir-te a cor
do que sonhas por dentro, por mais que negro,
ser afinal louvor.


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