Cai noite, cai.
Cai que tudo cai contigo.
Assim me durmo em umbigo
de não saber e na mesma
acordar de manhã e ver
e ver - sentir também.
Quem vai e volta desta vida?
No sentir sinto pena de perder
mas na verdade pode aparecer
e vir e ser, de novo, novamente.
Acerto contas à vida
- que sempre Ela minha grande Deusa a prestar.
Sei pouco da vida
hoje que a vivo
sem preconceito,
sem medo.
Acordar do ponto de chegada
e ver partida.
Senti-la sem me a deixar sentir
- que aí me perco meu amigo.
Um dia chega para mim.
Durmo e acordo e vejo o que trará o dia novo.
É uma maneira de viver a vida.
É um não sei quê de ser cobarde
mas sendo-o, afirmativamente,
tem qualquer coisa de heróico
- diz a posterioridade...
Careço de carinhos que tive.
Alcanço os carinhos de não saber.
Vou lá e vejo ou vem lá e vê...
São caminhos da vida
e eu a ela nunca nego premissas.
Ela escolhe.
Eu confio.
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