segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Evolui o chão de meu céu
enquanto perdido sorrio o estado
de ser presente, sem saber
e sem demasiado crer.

Quero.

Querer, quem sabe, é melhor...

Neguei a evolução que me toca
ao mundo um mais apenas
e levei meu mundo ao cimo
da absoluta infinitude do eu.

Singular, individual, independente até
quis e fui - por saber do que era dependente afinal.

Agora subo a escada horizontal
de ser mais um apenas novamente
sem medo e sem pretensão de parecer ou ser especial.

Se sou serei sem o saber
e aí está o grande pragmatismo que consegue
distraidamente o que antes apenas sonhou,
contemplou e sozinho gozou.

Qual de tropeçar ser erro ou ganho
e o precaver, antecipar
- e, como que, quase querer cair -
ser algo de altivo, sábio e crente de uma nova universal velha maneira
de afinal negar à vida o ser mortal que duvida mas anda,
que corre e lamenta, que sangra sem ter culpa.

Que me unir às forças do agora,
às realidades que atingem e mudam quem as detém,
faça de mim o que quiser
pois eu já fui o que queria e nisso vivi milénios
que esqueci mas nunca, verdadeiramente, esqueço...

Sangrar e pensar unidos.

Ser e parecer na mesma sopa de nem sequer já mais querer saber.

O dia a si mesmo
e a noite,
bem a noite ao universo!

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