sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Que coisa esta vida.

Tentar fazer o caminho destino
até que algo embate e não mais esse,
outro.

Fica a dúvida:
será que devia continuar aquele
ou fazer antes este vivamente.

É Inverno
e o carrasco que faz Eu mexer
bem oleado, cá dentro,
está perro e triste.

Esta chuva e nuvens constantes
não levam a voz a um bom vento.
Fica presa aqui
sem nenhum encantamento...

Melancólica passagem
pelo frio da estrada húmida.

Não fui feito para isto,
este tempo.

Há quem goste de ficar no quarto,
no quente, sossegado e nadando o sossego.

Eu não.
Estou sempre demais com forças
e se as não uso
usam-me elas
por forma negativa
pois não lhes dou - não lhes encontro - acção.

Há uma certa vontade de mudança
mas ela não vem assim certa.

Há que esforçar,
penetrar talvez fundo
para verter para mim o fluído
que muda e cura,
sabe e sobe,
ser que não se deixa encontrar nunca.

Até a vinda da bela PrimaVera
vou me deixando ir,
meio para trás,
meio para a frente.

O tempo decide aqui.

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