quinta-feira, 4 de junho de 2015

Não sei o que digo. Pertenças formas de falar sem pensar e, na verdade, sempre fui assim.
Tentei ser sábio antes, e fui-o deveras, mas agora caio no erro e bonança de falar e escrever
e actuar sem, por certo, pensar. Sou um incoerente mãe. Sou um incoerente filha.
Sou aquilo que não queria e aquilo que mais amo também - tem dias...
Sou parte do todo que me junta e me pensa ser consciente.
Enquanto longe o mundo, eu faço o meu mundo.
Afasto-me de algumas coisas que me estorvam,
avanço para poucas outras que existem sem mim, perfeitamente
- isto talvez porque julgo poder existir sem absolutamente nada mais que mim.
Pateta.
Pateta?
Pateta!

Sou um gerúndio.
Tenho preguiça de alcançar, ser e estar.
Para mim tudo é movimento porque eu sou deveras um ser parado:
uma pedra, um arbusto, um castelo sem nada dentro senão vento e o que passa.

Passa por mim.

Como ontem te falei mas não sei dizer além.
Não sei desenvolver conversa.
Prefiro o silêncio ou a parvoíce.

Fala por mim.

Eu acho tudo absurdo,
sou um cínico do mundo
que calcula tudo e todos
com matemática mental e emocional.

Não sou nada afinal.

Queria apenas umas mamas ou um rabo
onde pousar este cérebro chato que não encontra satisfação.

(Minto!
Gosto das andorinhas a piar e a voar
por cima de mim,
no céu azul e calor afim de Verão.)

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