segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Hoje apaguei a luz que me liga à vida moderna.
Desliguei ali ao pé da ponte Vasco da Gama.
Fiquei ouvindo as pessoas passar,
os pássaros piar, os carros a se moverem lentamente pela ponte,
dum lado para o outro da terra.
E quando desliguei lembrei
que no "final" há aquele nada/tudo
que observa e lembra que tudo universal,
a cada instante, momento.
Desliguei o cérebro que me liga às coisas desta minha vida.
E, com isto, ligaram-se os sentidos, memórias e projecções,
tanto de passado como futuro.
Absoluto encontro com a vida
que ilumina a mina que sou afinal
- e somos todos, dentro.
Tal encontro, de tal intensidade,
faz brotar enorme felicidade
junta com majestosa tristeza
(digo majestosa porque é aquela vital
que nos faz sentir vivos e nisto sabendo
que um dia morreremos também).
Sou grato à vida.
Sou grato a ela
embora tenha pena de não me mexer o tanto que ela me mexe a mim.
Portanto assim parado pareço, pelo menos, sentir tudo isso que ela me faz sentir.
Ser homem de acção é complicado...
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